Como foi viver a Semana Santa nesse período de isolamento social? Conseguistes ter os teus momentos de reflexão e partilha com as pessoas próximas de ti?
Além de todo o significado que a Quaresma e o Tríduo Pascal carregam em si, neste ano as e os jovens tiveram que ressignificar este momento, ficando em casa para cuidar uns dos outros e da nossa comunidade.
Conversamos com alguns jovens amazônidas para que pudessem falar um pouco sobre a vivência dessa Semana Santa. O Alessy Padilha, da Pastoral Universitária, em Manaus, compartilhou que a saudade foi algo marcante nesse período “Apesar de todo o preparo do espaço e da mente para os momentos de transmissão das missas, da Paróquia que frequento, as lembranças das celebrações presenciais junto da comunidade, famílias e amigos foram marcantes”.
Padilha também comentou que esse período o permitiu refletir sobre como o isolamento não esvazia a Igreja de seu sentido. A união enlaçada pela fé continua presente e nos fortalecendo. Apenas a estamos vivenciando a partir de outra perspectiva.
Para Alícia Almeida, jovem colaboradora do Centro MAGIS Amazônia, a Semana Santa de 2020 foi um momento mais íntimo com sua família e consigo mesma. “Me fez refletir e sentir de maneira mais profunda as dores de Cristo, e seu caminho desde sua entrada solene em Jerusalém (no Domingo de Ramos), até sua Crucificação e morte no Calvário (Sexta-feira Santa)”.

Os símbolos (ramos, velas, cruz, etc) e o Subsídio do Centro MAGIS Amazônia para a Semana Santa a auxiliaram nesse momento de espiritualidade. “Mesmo em meio à crise, causada pela pandemia, o sentimento de consolação me foi bastante presente e a certeza de que por amor a nós, Cristo foi imolado e ressuscitou da morte” e isso a fez ter esperança e a certeza de que não está só. “Ressuscitaremos com ele para uma vida em plenitude”, finalizou a jovem.
Ouvimos também o relato do Lucas Miranda, colaborador do Espaço MAGIS Santarém, que compartilhou sobre os sentidos diferentes dessa Semana Santa. Por conta do isolamento, ele passou esse período em casa, o que o aproximou por meio de gestos, palavras, conversas e brincadeiras de sua família. “Pude perceber a importância de estar unido e em sintonia com meus irmãos e mãe. Me ajudou a enxergar muitas coisas que venho tentando compreender na vida”.

Não estar em missão, vivendo a Semana Santa com as comunidades fez muita falta para Lucas e outros jovens, mas os aprendizados em família foram ímpares, como por exemplo, conseguir rezar juntos, que se tornou um hábito daquelas noites. “As desolações e angústia estavam presentes, mas o amor sempre prevalece. A Ressurreição foi um renascer para mim: reviver para o outro e ressignificar a vida. Jesus é a maior prova de Renascer em nossos corações. Viva Jesus! Ele vive!”.
E tu? Consegues perceber os sinais do Ressuscitado no cotidiano desse tempo de incertezas?